Racismo é palavra que me soa a arcaísmo, palavra em desuso que nunca deveria ter sido inventada. Mas é ingenuidade minha pensar assim, uma vez que é um tema que continua a passar nos telejornais (e um pouco por todo o mundo, sem que o Mundo saiba).
Fui saber: no dicionário, racismo é definido como uma teoria que defende que uma raça é superior às outras e, por isso, julga ter o direito de oprimir, inferiorizar ou até mesmo dizimar as outras.
Para quem, como eu, abomina a ideia de que alguém seja capaz de discriminar outrem pelo seu tom de pele, pela sua etnia, pelas suas diferenças físicas ou culturais, não há nada de novo que eu possa acrescentar.
Mas, para quem persiste neste pensamento (e possível comportamento), eu convido a realizar o seguinte exercício:
Pensa nalguém que amas muito. O teu pai ou a tua mãe. O teu filho ou filha. O teu namorado(a) ou esposo. A noite termina com um beijo de despedida e um “até amanhã”. Dormes. Acordas e vais rever essa pessoa, dar-lhe “os bons dias”. E quando a encontras, vês que a pessoa que amas amanheceu com a pele castanha. Ou com os olhos rasgados. Ou com uma indumentária nada caraterística. Ou com um novo sotaque.
O que acontece ao amor que tens por ela? Como a vais tratar daqui por diante? É a pessoa que tu amas, é a mesma pessoa de sempre, só que está diferente.
E, terminado o exercício, talvez percebas (como eu gostaria!) que ser diferente por fora não muda o quanto nos parecemos todos por dentro. E que ser diferente não é ser inferior ou menos válido. E que todos pertencemos à mesma raça: a humana.
Sandrapep