Olhando este tema, a primeira coisa que surge no pensamento é algo muito próximo do fora do normal, no sentido em que se desvie do que tenha sido previamente determinado. Ou seja, algum tipo de comportamento que, de uma ou outra forma se desvia do normal, do esperado, do “tal” previamente determinado.
Se perguntarmos a um grupo de pessoas o que entende por comportamento desviante, responder-nos-ão que é algo que foge ao que está padronizado, outros dirão que é algo patológico (relativo a uma doença), outros, algo fora do normal, etc..
Mas afinal quem o determinou? E, por que motivo aceitamos um comportamento e não o outro? O que torna um comportamento normal (correcto ou aceitável) e, o outro desviante?
As pesquisas científicas remetem para problemas do comportamento onde encontramos, também, uma vasta lista de chamados comportamentos anti-sociais, que serão atitudes contrárias e prejudiciais à sociedade.
Será, então, esta sociedade a responsável pelas etiquetas que colocamos nestes e noutros comportamentos? Quererá isto dizer que a sociedade é responsável pelo estabelecimento de regras de conduta para a muito aclamada vida em sociedade (relação entre pessoas; convivência)?
Na verdade, não só o ser humano, como a maioria das espécies animais tem necessidade de viver em grupo com os seus semelhantes. Para isso, é necessário obedecer a um conjunto de regras, que serão os padrões comportamentais próprios que caracterizam cada espécie.
Este conjunto de características permitirá, acima de tudo definir o grupo de pertença de cada sujeito. Podemos dizer que através desse comportamento social é atribuída uma identidade social. Por sua vez, os indivíduos que manifestam um comportamento diferente do esperado são categorizados pelos seus pares como detentores de “um comportamento desviante” ou comportamento anti-social, acabando por não se incluir ou não ter nenhum grupo de pertença.
Andreia Esteves-Pinto