Foto: Woman – George Hodan
Às vezes paro a Vida à tua espera.
Como se a Vida parasse e esperasse por alguém.
Como se tu te apercebesses do tempo que te dedico.
Como se tu parasses dois minutos para lembrar que eu existo.
Como se o meu Mundo fosses tu, que nem chegas a ver-me ou a sentir-me.
Tu giras sobre ti mesmo e eu fico tonta de tanto que giro à tua volta.
E de todas as vezes, no meu íntimo, faz sentido esperar-te. Mesmo quando me empurras ou não me vês.
E a Vida que não espera, vai passando.
E com ela, de mãos dadas, vão os outros.
Os que me veem e me sentem.
Os que eu negligencio, porque insisto em esperar-te.
Joana Pouzada