Foto: Face - Edward Lich
É no silêncio que pesam as palavras, que transpiro as dores e se ouve a alma. É no silêncio que vivo a paz e o tormento, o certo e o errado, sem perturbações mundanas.
Silêncio é peça que desconstrói e dá balanço. É vida para além do som. É tempo morto em que se vive intensamente o todo que nos faz únicos. É no desconcerto que provoca que acerto as pontas soltas, desencontradas entre os murmúrios das vidas que me rodeiam e perturbam o pensar. Silêncio belo. Silêncio de mil sentires, pensares, viveres... Temos a tua existência ignorando que é nele que temos respostas para sem ti viver. Ser. Respirar. Silêncio grito, silêncio calma, silêncio alma...
Deixo-me cair nos teus braços, aqui e agora neste lugar inquieto em que perco o olhar no horizonte, em que busco o sopro de tua sabedoria eterna. Envolta em ti, suspiro e deixo cair meu corpo no descanso da tua paz. Silêncio... amigo meu, meu amigo.
Landa Cortez