Foto: Girl - Adina Voicu
Sim, sim, o Homem é ele próprio e a sua circunstância. Causa e consequência, como o jogo, lembrais-vos? Verdade...
Há, portanto, aqui uma interação, um jogo entre quem influencia o quê e o que condiciona quem.
Há um sortido grande, quase sempre, maior ou menor de opções, de escolhas que dependem de nós, são de nossa responsabilidade, a partir das quais os caminhos podem levar a destinos muito diversos. Dramatizando, podem ser quase que opostos.
As escolhas, no entanto, não são irreversíveis, ainda menos definitivas. Mesmo que algumas decisões, ou indecisões, nos tenham encaminhado para um beco, querendo e procurando há de encontrar-se uma saída, de modo a achar vias mais airosas, rápidas, largas e bem frequentadas.
É assim, pois, que jogo pode ser divertimento, vício, justo, alienação, passatempo, lícito, ilícito, olímpico, brincadeira, desporto, feliz, infeliz, sujo, vitória, derrota... Depende de como se joga.
Há que ir a jogo. Há momentos em que se controla mais ou menos o jogo, mas não jogamos sozinhos. Somos nós, nunca esquecer, mas também há os outros. Todos somos sempre necessários para jogar. Atenção às regras, ganhar com batota que valor é que tem?
O jogo é em primeiro e em último lugar com nós próprios. Será possível fingir? De que vale varrer o lixo para debaixo da carpete? Joguemos limpo!
Jorge Saraiva