Foto: Wood Cube – Michael Schwarzenberger
A palavra “jogo” comporta uma diversidade enorme de sentidos, podendo considerar-se infindáveis as modalidades que pode assumir. Desde cedo, desde a nossa meninice, que nos habituamos à prática dos mais diversos jogos. Deles somos protagonistas em toda a nossa vida. Com eles aprendemos a brincar e a descobrir o Mundo; com eles, exercitamos o nosso intelecto e desenvolvemos as nossas aptidões físicas e mentais. Graças a eles vamos formando a nossa personalidade. Numa palavra: eles ajudam à nossa vivência e criação. O “jogo” é uma constante na vida, que se pode traduzir como luta ou desafio, pois a vida humana também é competição. O “jogo” da vida assume-se assim como a atitude de lutar pela vida, lema tão caro ao ser humano. O “jogo” da vida, enquanto tal, ajuda-nos a compreender e a desenvolver os nossos valores pessoais, espirituais e materiais. A sua antítese será a “vida de jogo”, com toda a sua carga negativa que a envolve, quando se assume uma conduta de vício. Todos os jogos têm as suas regras como igualmente as tem a nossa vida, pelo que será desprezível a modalidade de jogo no sentido de jogada matreira e ardilosa, usando meios torpes para atingir fins ilícitos e imorais. Como se vê, vida e jogo têm muitas afinidades e pontos comuns; nela, na vida, tal como em qualquer jogo, é imperioso tomar decisões específicas, as que se mostrem mais adequadas ao fim em vista. Para isso é preciso definir uma estratégia, escolher um plano de ação entre todos os possíveis, optando pelo que melhor sirva os nossos interesses. Em suma: a vida é feita de vários jogos interligados num só jogo a que chamamos de “jogo da vida”, sendo certo que cada jogo com que somos confrontados, dia a dia, nos ensina algo, pelo que caberá a cada um de nós aprender a jogar, labutando sempre pela vida.
José Azevedo