Foto: Granny – Benjamin Balazs
Podia dizer do amor sobre muitas coisas… ao dinheiro, a um objeto, a um animal, a uma profissão, etc., mas… isso não é amor.
A palavra amor até pode ser polissémica, ou pelo menos dar-se a várias interpretações consoante o sujeito e o objeto dele. Também se reconhece ser difícil de definir, pelo que é preferível personalizar, projetar em alguém esse sentimento para poder falar dele com mais propriedade e substância: o amor de mãe.
A mãe certamente terá muitos defeitos, muitas inconsistências ou, pelo menos, algumas imperfeições. Quem as não tem? Mas regra geral ela dá tudo o que tem e sabe para a defesa, crescimento e desenvolvimento das suas “crias”. A mãe dá-se, doa-se, divide-se, multiplica-se, sofre, supera-se, enfim, ela é capaz de tudo para proteger e fazer crescer o seu filho. Tira à sua boca para dar ao filho; coloca-se sempre em último lugar; esquece-se de si mesma; sofre por antecipação; sofre com e por; vive todas as angústias, todas as ansiedades e dores do filho. Nunca pergunta pelo troco; nunca dá a pensar no retorno; nunca quer recompensa a não ser o carinho e a memória de que é merecedora. A mãe que é mãe não hierarquiza nem privilegia pois preocupa-se com todos e cada um conforme as suas necessidades e caraterísticas, encontrando sempre uma solução, uma forma, um jeito de fazer ou resolver qualquer dificuldade, prevenindo e antecipando possíveis desencontros que a vida vai construindo. A mãe é sábia e a experiência adquirida dá-lhe autoridade em todos os momentos. À sua maneira, ela prolonga-se, projeta-se e, às vezes, realiza-se no filho É uma incondicional defensora e admiradora do filho, pois tenha ele a idade que tiver, ele é sempre o seu menino!
Assim é uma mãe e, se conseguir multiplicar o dito por dez, aí tem a minha mãe, muito amada.
Fernando Lima