Foto: Female - Cheryl Holt
Não se vê mas sente-se. Sente-se tanto que por vezes sentimos um grande formigueiro na barriga, só de ouvir falar.
Dói. Sentimos tanta dor por tê-lo como por não tê-lo. Dores diferentes, é certo, mas dores. Sem perceber bem porquê, secretamente desejamos sentir essa dor só para sabermos que estamos vivos e em relação com alguém.
Ele não se vê mas é ele que nos faz mover. É ele que nos faz ir de norte a sul do país por uma mera causa, só nossa apenas.
Vem de dentro e nada cá fora pode alterar isso. Pode tentar, influenciar, deturpar a visão mas... na verdade, nada altera. Por vezes até fortalece.
Faz-nos rir e chorar quando pensamos no que foi vivido, sentindo saudades e vontade de repetir certos momentos e sensações.
Dá-nos energia de continuar a fazer o que fazemos apenas por amor, apenas por acreditar.
Se correr bem, é recíproco e duradouro. Para sempre. Se correr menos bem, fica mais uma história para contar. Mas devemos sair dela a sorrir porque vivemos e amamos com todas as nossas forças. Afinal, não é para isso que existimos?
Sónia Abrantes