Foto: Smartphone – Gerd Altmann
Não perder a esperança significa ganhar mais vida. Sim, mais vida para acreditar no futuro. É no acreditar que é possível, que mora a esperança; no acreditar em algo de positivo ou negativo, tão desejado por alguém, que pode acontecer, para gáudio de quem sempre acreditou. A esperança pode constituir uma força inspiradora e motivadora para quem confia no futuro, proporcionando uma sensação de segurança e estabilidade no plano das ideias, ao mesmo tempo que, pela sua função animadora, pode evitar o desespero, a frustração e o esmorecimento. Saibamos, por isso, aproveitar essa fonte de energia que poderá ser mantida com a força de vontade, perseverança e, sobretudo, no crer que algo é possível mesmo quando, porventura, surjam contrariedades. Nunca deixar cair a esperança, nunca a perder, parece ser a máxima da nossa vida a que devemos fazer jus. Perdê-la, impede-nos de encontrar o rumo certo, o sentido que nos ajuda a orientar a nossa vida, em busca do que tanto se deseja ou não. Embora o sentimento de esperança possa, de algum modo, confundir-se com um sentimento de bem-estar, na medida da confiança que lhe é transmitida durante o seu estádio de expetativa, em relação ao que se pretende realizar ou alcançar - mas sempre será um bem-estar instável, já que à esperança está sempre associada a dúvida do resultado - a verdade é que a sua energia é já por si suficiente para manter bem acesa a chama da vida na procura do que se deseja.
De resto, a sábia crença popular nunca deixa de recomendar e mesmo aconselhar: tenha esperança, não perca a esperança. É o aforismo popular tão vulgarmente usado pelo comum dos mortais perante o infortúnio e as vicissitudes da vida.
José Azevedo