Como é o teu dia? Um glamoroso, ou um normal? Talvez um igual ao comum dos mortais, como o meu. E quando chegas ao fim do dia, como te sentes? Cansado e com sono... Infeliz e frustrado? Quando me sinto com sorte e quando me corre bem o dia, consigo ter uns doze minutos para mim, com quietude e com a possibilidade de respirar fundo! O resto do tempo é ocupado com solicitações e mais solicitações. O despertador, a hora do início das aulas, o picar do ponto às nove horas na empresa, isto e aquilo.
O sentimento de deriva aparece mais frequentemente do que o que seria desejável. Vemo-lo nos olhos do outro que às vezes, muitas vezes, espelha o nosso. Poderia ser diferente? Termos as ideias claramente definidas quanto ao que consideramos realmente importante, sobre os nossos valores e sobre o propósito da nossa vida e termos isso presente, assegura escolhas e comportamentos consistentes com o que realmente valorizamos e confere uma sensação de preenchimento ao nosso dia a dia.
Todos nós temos algum tipo de ideia do que valorizamos, de quais são os nossos valores. Mas concretamente, será que dedicámos o tempo suficiente a pensar neles? Hierarquizámo-los? O que colocámos em primeiro lugar? A liberdade, a auto-realização, a auto-satisfação, a família, o casamento, a segurança financeira? E em segundo lugar?
Os valores pessoais resultam de um conjunto de influências internas e externas, da cultura, da família, dos amigos, dos meios de comunicação. Todos estes e outros fatores conjugados e alterados geram valores individuais. A pressão social continua a ser forte e exerce uma grande influência nos comportamentos. Estaremos a ser coerentes e genuínos em relação aos nossos valores?
Ana Teixeira