Era uma vez uma Pessoa. E a Pessoa tinha sonhos, objetivos, ideais.
Uma forma de ser e de estar. Nem certa nem errada. Apenas existia e era assim, sem presunções ou superlativos.
Era uma vez um Mundo a transbordar de portas fechadas, de incompreensão e desrespeito. Um Mundo que não aceitava, que não permitia, que só exigia.
E a Pessoa no meio do Mundo. No fundo do Mundo. Esmagada pelo Mundo.
E o Mundo rebolando redondo, inconveniente, arrogante!
E a Pessoa cansada. Um cansaço tão grande, que é maior do que ela. Maior do que a fome que sente, do frio que sente, do sono que sente. Um sono de quem não quer estar acordado.
Constatada a insustentável incompatibilidade, muda a Pessoa ou muda o Mundo?
(suspiro) O dia acaba. Outro logo amanhece. E a Pessoa vai. Com o Mundo.
Sandrapep