Foto: Family – Omar Medina Films
“Amor” não é, para mim, um tema que tenha leitura fácil e traz-me algumas dificuldades. Por um lado, não consigo definir “amor”, por outro, tenho a sensação que há várias formas de o sentir por diferentes pessoas e, por outro, tenho a convicção que, às vezes, para além do bem-estar, também me provoca (muito) sofrimento.
Com a primeira dificuldade não estou preocupada, porque penso que o amor é apenas para sentir e dar, e ter a tarefa de o definir não me leva a lado nenhum.
Com a segunda, é assim mesmo. Amor pelo pai, amor pela mãe, amor pelos filhos, amor pelos irmãos, amor pelo companheiro… Há qualquer coisa de diferente entre estes amores, mas sinto-os como amor.
Com a terceira fico preocupada, porque também me faz sofrer. Mas, provavelmente é assim; se não sentisse amor, talvez não sofresse da forma que sofreria se o sentimento não fosse amor, digo eu, com todas as dúvidas.
O amor preocupa, inquieta, perturba, apazigua. Aqui, ou noutro local, sinto a liberdade de expressar que o amor me provoca diferentes sensações e, a propósito dessa liberdade, também esta precisa de ser pegada ao colo e cuidada com amor.
Ermelinda Macedo