Foto: Supergirl - Thomas Abdella
A autoconfiança é como uma bola de pingue-pongue: às vezes lá no alto; outras vezes no chão (ou mais abaixo ainda).
Recordo com amargura o período em que estive desempregada. Dois longos anos que juntaram uma licença de maternidade, uma empresa em decadência e um mercado de trabalho em franca contração.
Ser mãe a tempo inteiro nunca foi uma ideia que me atraísse, porque afinal, de que serve ser uma (super) mulher se não puder desempenhar diariamente dezenas de papéis e tarefas?
O arrastar dos dias, a ausência de resposta a candidaturas e entrevistas, a falta de contacto com a profissão, foram minando a crença nas minhas capacidades, e tornando cada vez mais ténues as esperanças de um dia voltar a trabalhar na minha área.
Mas o pior... foram as pessoas (algumas). Porque é quando estamos mais em baixo que descobrimos o pior das pessoas. A forma como ainda nos fazem sentir pior. Há pessoas que se superlativam diminuindo os outros. Período negro, esse...
Ficou para trás, felizmente. Mas ficou também gravado um ensinamento. Ou vários, até:
Perseverança, perseverança.
Tapetes e uvas podem ser pisados; as pessoas não.
Desistir? Nunca.
Confiança? Em mim. Todo o resto é de desconfiar.
Sandrapep