Foto: Writer – Yerson Retamal
Diz-me a experiência que se o momento não é de inspiração não devo insistir em pôr cá fora o que não tenho e que o teclado tão pouco me pode dar. Insistir na ideia de comunicar quando não tenho nada para dizer, também me diz a experiência que não é muito sábio porque o mais certo é ninguém ler. E a experiência é isto mesmo, capacidade de prevenir, tendo por base um conhecimento que advém da recolha de informações vindas do exterior.
Se o que acontece à minha volta não acontece simplesmente, mas é consequente e deixo que me aconteça e me toque, estou a experienciar, significando isso que estou a armazenar conhecimentos. O que eu fizer com esses conhecimentos fará de mim uma pessoa sábia, ou não. A esta altura, pela experiência e pela sabedoria que provavelmente não tenho, eu já deveria ter desistido de escrever sobre o tema, porém, e porque entendo que a experiência não pode ser sempre uma desculpa para os seres de pouca imaginação, e inibidora da criatividade, ainda aqui me mantenho a tecer considerações sobre o tema. E, se a esta altura tu ainda me lês, então a experiência é uma forma de conhecimento, mas sem grande precisão e assertividade.
Cidália Carvalho