Foto: Couple – Dimitris Vetsikas
“A maior solidão é a do ser que se ausenta, que se defende, que se fecha, que se recusa a participar da vida humana. A maior solidão é a do homem encerrado em si mesmo, no absoluto de si mesmo, o que não dá a quem pede o que ele pode dar de amor, de amizade, de socorro.”
Vinícius de Moraes; “Para Viver um Grande Amor” (Companhia das Letras)
Não há uma definição única do que é o amor. Acho que cada um ama à sua maneira. Posso dizer o que é o amor para mim e ainda assim, tenho certeza que essa conceção foi mudando com o tempo e com as experiências da vida.
Na adolescência somos tomados abruptamente e arrebatados pelo amor romântico (quando não platônico) e acreditamos que jamais seremos capazes de amar alguém com a intensidade que amamos o primeiro amor, ainda que nem saibamos bem quem aquela pessoa era de verdade. À medida que vamos nos relacionando com as pessoas e com o mundo, podemos experimentar diferentes formas de amor (e de amar) e como esse sentimento se manifesta na vida de cada um. Acho muito comum dizer que não existe amor maior que amor de mãe, mas não é todo mundo que tem a sorte de experimentá-lo.
Hoje, para mim, amar é estar presente. É acolher, cuidar e compartilhar o que se tem. É fazer parte da vida de quem se ama por escolha e não por obrigação. É gostar de estar junto, simplesmente por estar e poder lembrar como esse momento compartilhado é precioso. Independente se for um amor entre amigos, entre amantes, entre pais e filhos, entre humanos e seus bichos. Independente dos rótulos sociais todos e das fotos publicadas em Facebook. O mais importante é realmente compartilhar a vida com quem se ama.
Leticia Silva