Sonhos…
É assim que fico quando penso em sonhos… Fico a divagar, pensado o que poderia fazer e não faço… Pensado no que queria fazer e já fiz. O que sentirei depois de sonhar e tornar esses sonhos realidade…
É nesse estado que me encontro… A divagar…
Depois de tantos anos a sonhar com algo, ou “algos”, isso foi tudo alcançado. E agora?
De que me valeram esses sonhos se os consegui alcançar? Valem-me o medo de os perder, de os materializar e deixarem de ser apenas isso, sonhos.
Quando eram os grandes sonhos de uma vida, eram lindos, enormes, grandes objetivos de vida que me guiavam e davam forças para acordar todos os dias, com a felicidade de caminhar em direção a um lugar: os sonhos.
Agora depois de alcançados, depois de deixarem de estar apenas em pensamentos, deixaram de ser grandes e passaram a ser apenas sonhos alcançados.
Pior! Passaram a ser sonhos alcançados que afinal tinham mais sabor quando imaginados... A felicidade de os ter tido ainda existe, mas coexiste o receio de não saber sonhar novamente, pois todos os pensamentos estão aqui, na minha mão e já não na minha cabeça.
Utilizando um início de frase muito conhecido entre os católicos, “bem-aventurados os que” sonham e vivem a sua vida felizes apenas por sonhar.
O que fazer depois de concretizar tudo o que sempre desejei?
Sonhar, continuar a sonhar para continuar a ter a mente ativa e pronta para a mudança.
Ah! E tentar ver os sonhos concretizados como isso mesmo, como algo muito importante e grande, embora esteja “à mão de semear”.
Sónia Abrantes