Ao limpar meu armário achei a lista do ano passado, de resoluções. Envolvida no clima de fim de ano fiz promessas de emagrecer, mudar coisas que eu não gosto da minha vida e mudanças no trabalho. Não fiz tudo; eu diria que muito pouco. Emagreci nestes últimos meses porque havia engordado muito.
É comum para mim e para muitos fazer, essa lista de fim de ano. Parece que serve para torturar quando lemos e vemos que não avançamos. E por que não se avançou? Porque às vezes a vida impõe um caminho distinto a essa lista. As circunstâncias, o destino, a vida, não estão muito preocupados com nossa lista.
Mas quem desiste? Poucos. Ficamos insistindo em resoluções de ano novo, de fim de ano, de começo de ano, de aniversário, qualquer data que sirva.
Diante da minha frustração no fracasso dessa última lista, fiz outra, uma nova resolução para 2012.
Se vou emagrecer? Não sei, não coloquei na lista. Pretendo, mas não vou colocar na lista. Se vou achar o trabalho que me faça feliz? Também não sei e não vai para a lista. E quanto ao coração? Será este ano um bom ano? Não sei.
Escrevi apenas uma coisa, uma só resolução, que espero possa me guiar todos os dias dos próximos 365 que me esperam, uma linha define o ano: Ser feliz.
Ser feliz com o que a vida me trouxer, decidir, fizer. Pouco posso diante das coisas que acontecem fora do meu controle, mas posso escolher ser feliz. É minha única escolha deste ano, minha única resolução.
Escrevo uma só linha, a vida já vai se encarregar de preencher as linhas que faltam. É esperar para ver.
Iara De Dupont (articulista convidada)