Amor. Flama? Dor? Prazer? Ansiedade? Felicidade? Talvez seja o mais complicado dos sentimentos e o mais simples, provavelmente.
Histórias de amor há muitas, com tantas maneiras de ser amor.
Há a história da mãe que olhou o filho e desde ali houve amor. O pai que sem a mãe ficou e passou a ser ambos, carregando a dor do amor perdido, mas reforçando o amor pelos pequenos presentes que ela lhe deixou, os filhos.
Há a mulher que foi mãe sem dar à luz, que enfrentou o desconhecido e tomou como seu o legado de um outro alguém, honrando-o com todo o amor dentro de si.
Há a avó que é força, é cuidadora, é família, acreditou num amor, mas esse amor transformou-se num castigo, numa pena pesada. Embora fustigada, permitiu-se amar os demais e aguentar o falso amor da sua vida, com a força que só uma pessoa cheia de amor consegue. Há o amor que às vezes se transforma em ódio. Mas, há também o amor que é eterno. Que nasce de uma brincadeira num castelo, de tempos mais austeros, que só de olhar era um bate-bate coração. Esse amor que luta contra barreiras, nas épocas em que pormenores de hoje, eram verdadeiras barreiras. E desse olhar constrói-se toda uma vida que não se finda até com a morte. É um amor bonito, esse. Com todas as suas desventuras, sim, mas com toda a eternidade que uma história de encantar nos faz sonhar. E viveram felizes para sempre. Apenas não o foi, porque a vida em si, não é eterna. Mas, definitivamente ali ainda há amor.
E depois, há sempre o amor que surge à primeira vista, ou aquele que surge de uma amizade, que se esbarra num sentimento inesperado. Há também situações inesperadas, que destroçam um amor, sobretudo a crença no amor. E por vezes, esse é o fim, até um outro amor. Outras, é uma provação de amor. E, por vezes, há o perdão, que é outra forma de amar. E desse perdão, não vêm rosas. Por vezes, vêm sacrifícios, confrontações, e também renascimentos. E com eles, um novo modo de estar no amor. Difícil? Sim. Vale a pena? Também.
Quem disse que o amor era fácil, cor-de-rosa, alegre e feliz todos os dias? Talvez um apaixonado. Mas, amor não é só paixão. Amor é uma jornada. As histórias de amor fazem-se também de outras que vamos conhecendo. Estas são as que eu conheci.
Cecília Pinto