E toco-te assim ao de leve
Na pele pelo sol queimada
Em contraste nos lençóis
Na tua pele minha amada
Cuido da ferida aberta
Aquela bem visível
A que sangra por dentro
Mostra-se irredutível
E por mais que faça e esforce
Por mais de mim que dê
Essa ferida que tens meu anjo
Continua aberta e sei porquê
Mas certeza tenho eu
Daquelas absolutas
Que essa ferida que te magoa
Não será das resolutas
Num dia morno de sol
Quando a dúvida se dissipar
Descobrirás tu meu amor
Que encontraste o teu lugar
E daí em diante e para sempre
Nesse local que te acolheu
De mãos dadas com a escolha
A tristeza para ti morreu
Rui Duarte
(Imagem: Melancholy, de Arthur Braginsky)
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