4.9.09

 


 

“Há um remédio para as culpas: reconhecê-las.” - Franz Grillparzer

“A principal e mais grave punição para quem cometeu uma culpa está em sentir-se culpado.” - Séneca

 

Segundo o dicionário, a culpa é “um sentimento de responsabilidade e remorso por uma ofensa, crime, erro, quer seja real ou imaginária”. Contudo, culpa é muito mais que isso… É um sentimento que faz parte da condição humana, que provoca grande dor, tristeza e sofrimento naquele que se sente culpado, ocorrendo assim, um julgamento interior.

 A culpa surge quando detectamos que erramos, ou reprovamos algumas das nossas acções ou pensamentos.

Muitas vezes o ser humano não consegue lidar com a própria culpa, limitando-se apenas a omiti-la, vivendo uma dor solitária e não compartilhando com ninguém, por vergonha do seu acto que é, por si, reprovável. Temos medo de ser apontados, de ser reprovados!

A culpa é uma reavaliação de um comportamento passado visto como reprovável.

 

É importante saber reconhecer a culpa e saber lidar com ela; contudo, no ser humano surge uma incapacidade de lidar com o erro, uma lamentação interior daquilo que já ocorreu.

Surgem também falsas crenças (verdades em que acreditamos), convicções que nos levam a ter culpa e que, na realidade, podem não ser verdade. É importante a sua desmistificação, ou seja, estar atento à realidade, aperceber a falsa convicção.

Todos já sentimos culpa, esporadicamente, mas existem pessoas que vivem constantemente com a culpa. Carregam uma cruz e não conseguem “ver-se livres dela”. Será que são mesmo culpados? Ou vivem com uma falsa crença?

A culpa é muito subjectiva, é uma avaliação pessoal que fazemos do nosso acto passado. Será que essa avaliação é fidedigna? Que legitimidade temos para nos culparmos?...

 

Liliana Pereira

(Foto: Konchilis’ sni, de Eliara)

 
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Link deste ArtigoPor Mil Razões..., às 11:22  Comentar

De ©Marcolino Duarte Osorio a 11 de Setembro de 2009 às 02:00
Olá, Liliana!
Ninguém nasce com o tal sentimento de culpabilidade nem com o seu oposto, a desculpabilidade. Estes dois atributos são-nos incutidos desde que nascemos pelos nossos educadores como actos repreensiveis ou criminosos.

Vejamos agora o seguinte: Tem-se uma educação em que matar é crime. Na Terra punivel com cadeia. Depois de morto com o Inferno... Um mancebo que entra para o exército com a cabeça viciada nestes conceitos, entra em parafuso, quando, como Guerreiro, se vê obrigado a modificar todos estes conceitos porque perante alguém armado, como ele, se não fôr o primeiro a disparar, a matar, morrerá às mãos do outro...

Fala a experiência, porque foi isto que experimentei em 1962 quando me deparei no chamado «Teatro de Guerra». Ou sobrevivia aos tiros ou morria com as balas dos outros...!

Gostei do seu post!

Cumprimentos
Marcolino

De Cidália Carvalho a 7 de Setembro de 2009 às 18:39
Anibal V,

A culpa é tão subjectiva que há quem nunca a experimente.
Existem pessoas que vivem com um eterno complexo de desculpa.

Fique bem!

De Aníbal V a 6 de Setembro de 2009 às 12:31
Sentir culpa será, de facto, algo muito subjectivo. Mas como objectivar esse sentimento? Como o comparar, como o medir, como o relativizar? No fundo e mais importante, como o aliviar?

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