Acreditemos na suposta verdade de que amor e ódio, sendo sentimentos opostos, se aproximam.
Senão vejamos:
A complexidade de ambos torna-os difíceis de entender, de definir, …
Sentem-se, tão simplesmente!
Intensos, poderosos, são capazes de enaltecer, de derrubar, de ferir, humilhar, de fazer sofrer profundamente. Atrever-me-ia mesmo a dizer que são capazes de destruir.
De forma diferente? Sim! Não! Talvez!
E permanece … a certeza?... de que são opostos, mas, muitas vezes, associados.
Existem sempre probabilidades de se odiar, quando se amou, sem receptividade, ou quando algo ou alguém foi oposição; amar depois de odiar? Sim! Porque, inconscientemente, esse ódio nasceu da sensação de abandono, da ânsia e da espera por um amor que tardou …
Aceito que assim seja.
Pode relacionar-se amor e ódio? Sim! E, mais facilmente, pode-se desassociá-los, vendo o amor como um sentimento nobre, sublime; um sentimento que enaltece, que venera; um sentimento que é luz, que “investe” na tolerância, na concessão, na justiça; um sentimento intenso, de força inabalável.
O ódio, como um sentimento perigoso, destruidor, ávido de vingança… um verdadeiro impedimento à vida feliz!
O amor desconhece a razão!
O ódio é a razão perdida!
Nem sempre é possível amar, reconhecendo os defeitos da pessoa amada, nem odiar, reconhecendo as qualidades da pessoa odiada!
Ana Santos
(Imagens: O Amor, de Kahlil Giran; O Ódio, de José Luis Fuentetaja)
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