1.11.13

 

Ouvem-se as pancadinhas de Molière, as pesadas cortinas de veludo vermelho sobem, as luzes quentes e brilhantes iluminam o palco de madeira e é então que entra a primeira personagem:

 

É inegável o seu poder de atração, de sedução, de encantamento... a plateia fascinada fixa cada movimento, cada gesto, sugando cada pormenor suspira deslumbrada. Os seus gestos despertam e impulsionam o desejo em cada um de querer mais… de tocar, de mexer, de penetrar...

- Sensualidade! - diz com uma voz embriagante, viciante.

E com a atenção totalmente recaída sobre si, abandona o palco acompanhada por um suspiro de luxuria coletivo.

 

Com passos firmes e confiantes, outra personagem entra em cena, e berra em plenos pulmões:

- Sexualidade!

Descreve com traços rasgados as suas preferências, confidencia as suas predisposições, sem pudor revela a sua identidade sexual. Todo o seu corpo emana uma energia poderosa que se reflete em todos os seus poros, traduzindo uma expressão, uma vontade, uma necessidade física não deixando qualquer dúvida, o desejo de contacto é total!

 

Vazio mas por pouco tempo, no palco aparece uma personagem desnudada, de olhos libidinosos e boca lasciva. De uma forma explicitamente carnal entende-se de imediato que procura copular com a finalidade de atingir a satisfação, o orgasmo.

- Sim! Relações Sexuais!

O Público manifesta a sua total incompreensão, a falta de entendimento da necessidade de recorrer a varias personagens, que representam e significam a mesma coisa. Mas será que significam? Aos olhos dos leigos até poderá ser, a nível científico provavelmente haverá distinções. As semelhanças e proximidade não significam que sejam a mesma coisa.

 

Quando no final se reúnem, no palco, todas juntas para os agradecimentos finais, aí sim… as diferenças são notórias!!!

 

Susana Cabral


Link deste ArtigoPor Mil Razões..., às 07:00  Comentar

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