
Quantas vezes dei por mim a pensar, como é possível. Será que ela tem alguma coisa em especial? Mas ela é tão pequenina, tão pequenina, tão frágil.
É possível, ela tem um jeito próprio de quem é mãe, não interessa se é primeira vez se é segunda. É certo que ela tem um dom. O dom do amor. Não tem explicação. Não tem origem. Não é algo que se vai buscar a um qualquer lado… Se calhar tem explicação, se calhar tem origem e se calhar vem de algum lado; mas o que é que isso interessa? O Amor é o mais importante. Agora que penso um pouco mais, interessa, se calhar, reter que para amar basta concerteza ter sido amado(a), ter sido feliz. Mas a questão é de onde vem esse amor. O amor vem do amor, o amor vem de mais amor, o amor multiplica e soma mais amor, o amor é algo que não sei bem, sabe-se mas ao mesmo tempo…
É o amor que nos conforta, nos segura, nos trata, nos cura, nos quer, nos faz sentir bem quando estamos mal, é o amor que nos faz sentir vivos. É o amor.
Quando nos ralha, quando nos portamos mal. É o amor que nos faz andar para a frente, ou para trás quando é caso disso.
O amor pode ser belo… É belo. O amor deve ser belo. O amor deveria ser belo…
Quando sentimos aquele aperto no coração, aquele palpitar mais intenso, aquela dorzinha de barriga, como se de um nó se tratasse. O amor resolve…
Mas quando tudo parece não ter solução, quando tudo parece perdido, quando a solução não está à vista, quando não há solução, então aí, então aí chamamos de mansinho e muito baixinho – mãe … mãe – e tudo parece agora diferente, mais fácil, mais leve, mais alcançável, mais verdadeiro, mais tudo. E esse tudo que é quase tudo, é o amor de mãe.
Coisas a fazer:
Acrescentar uma errata ao dicionário: onde se lê mãe deve-se ler Amor e onde se lê Amor deve ser lido Mãe.
Obrigado mãe. Obrigado pela transferência desse teu AMOR infinito.
Diogo Ricou