28.5.13

 


I Walk the Line

I keep a close watch on this heart of mine

I keep my eyes wide open all the time

I keep the ends out for the tie that binds

Because you’re mine, I walk the line

(Johnny Cash)

 

Ando na Linha

Fico de olho neste meu coração

Mantenho os olhos bem abertos o tempo todo

Procuro não arrumar confusão

Porque tu és minha, ando na linha

 

Viver é um constante – umas vezes calmo, outras vertiginoso – tomar de opções.

Viver é, a um tempo, um aceitar e tirar partido do que a vida nos vai proporcionando, para logo ser uma luta por algo que perseguimos para nós e para os nossos. É uma luta duradoura, demorada para atingirmos momentos fugazes de felicidade.

 

Viver é pisar o risco. Tomar opções.

 

Qualquer pessoa tem o direito, quase que a obrigação, a lutar pela sua felicidade, pela conquista dos seus objetivos, que lhe tragam sensações de plenitude.

 

E quando a vida nos põe perante dilemas insolúveis? Na realidade talvez os problemas tenham soluções, talvez qualquer das opções que uma bifurcação nos apresenta seja um caminho correto, mas qualquer delas irá magoar, ofender, prejudicar alguém.

 

O que fazer? Ficamos imóveis? Desistimos? Apagamo-nos em benefício de outros? Abdicamos do que para nós é o caminho da felicidade, que nos preenche?

 

Temos direito ao egoísmo? A conquista dos nossos anseios, por honestos, bons que sejam, vistos individualmente, podem ser prejudiciais para outros, mesmo para pessoas próximas, das nossas relações, do nosso coração.

 

Há sempre soluções! Só que elas não são inócuas, terão consequências, espalham ao mesmo tempo graça e desgraça, plenitude e esvaziamento.

 

É verdade, e a tentação de julgarmos o outro ou de nos culparmos a nós, espreita a mínima brecha.

 

Mas, há que pisar o risco… que optar, seguir o nosso caminho. Por vezes dói. Pode doer mesmo muito.

 

Jorge Saraiva


Link deste ArtigoPor Mil Razões..., às 06:00  Comentar

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